Paz, amor, amizade, compaixão, justiça...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O sonho de um sonhador que sonhou com uma flor

Na fortuna de uma tarde festiva,
Na esperança de uma tarde colorida,
O contentamento dos dias eram cálidos,
Eu que vivia dias frívolos,
Fitei um ameno olhar que penetrou
O meu pensamento,
E o meu corpo atravessou.

O efeito ao ver aquela imagem paralisante,
Fez com que eu escrevesse
O temor do meu contentamento,
E ao mesmo tempo,
Um aviso mudava o pensamento,
Desta escritura que me deixava
Sem juízo e consternado.

Era o amor de duas belas flores,
Beleza tamanha que me fez sentir,
O tormento vilipendiado,
Do sujeito atribulado,
Com o diverso primor natural,
Carregados por elas,
Sem nenhum breve mal.

Uma delas trilhava a verdade de um caminho,
Em que já residia um dono,
Dormindo puramente seu sono.

Trauteando, a outra despejava,
O doce do seu aroma olente,
Harmoniosa com toda sua candura,
Que a vida lhe dera.

Pintando, o mundo deu-me,
Secretas forças para sonhar,
Delicada gota de esperança alimentar,
De um brando dia dividir,
O furor da alma e construir,
Uma nova estrada com esta flor,
Que brotava no meu magoado jardim,
No alto do seu ardor.

Aos poucos, conhecia,
A polidez honesta desta donzela,
Em vista que era desmedida e assaz,
Para o meu mundo,
Contentar-se em paz.

A cada canto que passava,
Sentia-me mais afortunado,
Com a composição do meu fado,
Estava a reservar-me.

Meu milagroso coração parecia excelso,
Diante da esquivança de uma turba,
Tão sofrida,
Vivendo a arte sem saída.

Mais e mais, tinha eu a sina,
De chegar ao cimo da montanha,
Com as teias de uma aranha,
Onde nenhum perigoso estorvo,
Poderia obstruir o contraste da minha passagem.

Seguia o bravo fulgor,
Que no seu mar existia,
Tornando-me um ser pujante,
Diante da esperança desta flor.

Conheci a afabilidade da sua alma,
Conheci a sua mente inteligente,
Chorando perdida o que sente.

Conheci o estado do seu peito melífluo,
Incerto, ainda ferido por uma adaga,
Que furou o ardor do seu coração suturado,
Tremendo em um recente passado.

Conheci palavra por palavra,
E acima de tudo o frio amor,
Que sem causa vivia dentro desta flor.

Rimei versos em busca de uma égide,
Contra o envenenado outono vazio,
Eclipsando, em uma alcova vazia e fusca,
Um sentimento nascendo em meu peito,
No azedo do meu jeito,
Pouco alimentado.

Efuso sobre um barranco,
Vestida de branco,
Maravilhei-me com o que via,
E encantei-me com o que vivia.

As palavras faziam-me deliberado,
De que esta flor imaculada,
Seria algum anjo de cristo,
De um regimento vindo do empíreo,
Para salvar-me deste aéreo
Negrume que rondava a celebração
Da minha vida,
Selvática e dividida.

A cristalina grota em que me escondia,
Era um céu reluzente,
Com o poder e a formosura,
De uma fruta madura,
Que esta flor exalava.

O acanhamento veio dos dois lados,
Foi à terra do grande embargo,
Fazendo meu mar parar,
Em certos momentos, pensar,
E por este caminho refletir,
Sobre a situação em que vivia.

O acanhamento congelado,
Alimentava as palavras sucintas,
E partes de certas atitudes,
Deveriam na aurora ser feitas,
Entre o sol, ficaram guardadas,
Em um ergástulo trancado,
A sete chaves.

Tudo andava para o sublime,
Tudo corria para o paraíso,
Os dignos dias que passavam,
Faziam-me vibrar perto do cume,
Queimar-me entre o lume,
Deste sentimento, chamado amor.

Os raios do primórdio,
De todo o meu contentamento,
Fazia-me tão ledo,
Apagando o medo,
Deixava-me tão casto,
Com estrelas frementes,
Mais ainda quando
O cristalino dos nossos olhos,
Olharam-se,
O ar divino dos nossos braços,
Abraçaram-se,
E a coroa dos nossos lábios,
Beijaram-se.

Duas vidas rutilantes,
Encontraram-se no momento
Em que o acanhamento,
Havia se dispersado,
E assim enterrado,
A sete palmos da terra escura.

O diamante da minha escuridão,
Fez-se luz,
O ouro jogado na lama,
Por um anjo dos deuses, foi salvo,
Fazendo da minha vida,
O seu principal alvo.

Na ordem da despedida,
Batia a razão de uma tristeza,
Residindo dentro da natureza,
E a honra parecia ficar,
Incompleta.

O vento trazia a saudade,
Que feria a alma.

Eu vivia um valoroso guerreiro,
Enamorado por ela,
E por mim a minha donzela.

Meus olhos luzentes,
Era o escopo da minha flor,
Meu singelo coração,
Batia forte por este amor.


II


De viagens ao passado, espantei-me,
Entre os perigos da vida, abri os olhos,
Minha mãe batia na porta,
Com uma ventania morta.

Percebi que o vento soprava,
Para o lado errado,
Na sentença quando me levantei,
Algo infenso apertava o meu peito.

Parecia que existia as vitórias
De um pungimento,
Calculada a um padecimento,
De um espírito não cicatrizado,
E mal sincronizado.

A mocidade de um paraíso,
Foi-se embora, e Efuso,
Sobrou o ardume do inferno,
Com a frialdade do inverno,
Nesta vasta solidão.

Nas lágrimas do meu jardim,
O sepulcro da rosa,
Que havia murchado,
E o meu coração machucado,
Chorava em prantos.

O viço da vivência de uma história,
Linda, de um esplendor quase perfeito,
Que acabou na certeza da minha memória,
No abrir dos meus olhos.

A tristeza de um tormento,
Dominava o desprezo do meu peito,
Fez-me órfão em pensamento,
Esquecendo meu doce e macio leito.

Só assim, cheguei a perceber, e ver,
O campo do meu sonho,
Fritando o meu contentamento,
Transformando-o em descontentamento,
Da sagrada dor.

Parei,
Pensei,
Refleti,
E cheguei a uma conclusão,
De que não quero mais sonhar,
Com um novo mar,
E sim me apaixonar,
Com um novo, antigo, olhar.

(Carlos Matos)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Que uma festa seja feita no céu com a sua presença Eloá Pimentel!!!!!!!!

Vá com Deus!!!!!!!!

Carlos Matos

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Vida com mais vida

Comida para os mares da fome
Justiça no seio da mulher injustiçada
Teto para o aroma sem teto
Coragem para um beijo covarde
Sinceridade para o fogo da falsidade
Sabedoria para o errante ser
Que alimenta a idéia em sombra fresca
De que uma arma resolve tudo.

Felicidade para a palmeira erguida da depressão
Atitude na voz das palavras
Dinheiro para quem edifica o pensamento
Da frívola idéia de que o dinheiro é felicidade.

Casamento para a sombra do rancor
Paz, para o versos da guerra
Sorte para o sono do azar
Deus para os dias sem fé da sua fé
Fogo para uma certa geleira em seu coração
E água para a futura sede.

Carlos Matos

domingo, 19 de outubro de 2008

O silêncio da vivência profunda

Coluna de fumaça no bêbado horizonte
Com odor perfumado... Imundo
Da catastrófica flor em cima do monte
No silvestre silêncio profundo.

Aprenda a embalsamar o seu falar
Jogue-se nos ares da areia
Esfrie aquele gosto amargo d’alma
Em flor alheia.

Toca uma infinita canção submarina
Promessa é folha branca nunca prometida
Da água, a amplidão da urina
De uma soma, multiplicada e dividida.

Carlos Matos

sábado, 18 de outubro de 2008

Depois de tanto tempo

Tudo no verso d’alma, cresce e desaparece
Como seu rosto que não o vejo há tanto tempo
Que por milagre ou consideração, reaparece.

Se és louco por loucura retardada
Chore agora, ou desista de sonhar
Porque a primavera vai embora, com a luz apagada
Levando seu sorriso, do riso afogar.

Se tudo na vida é solidão e solidão
Seu perfume é o que vai me alimentar
E se seu passo segue os caminhos do coração
Venha aqui e vamos sonhar.

Carlos Matos

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Não fure a temida e impura fila

No poder calamitoso da lista dos procurados
Encontro-me no silêncio, tão singelamente
Na lista nanica dos desesperados.

Tento robustamente
Onde a minha alma se encontra na areia
Chegar acima de mim
Onde quero
Almejando ocultar
Os segundos alheios
Que me restam nesta terra
Para desprezar a resposta
Do regado futuro.

Não fure
Não corte
Não penetre
A frialdade da temida fila
Não derrame na boca
O sereno café
Não lamente a fama imunda
Dos seus desacertos
Pois, há uma esquecida glória
Em um rastro maduro de sangue
Feito no troféu coagulado dos seus versos.

Carlos Matos

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Uma carta para o meu grande amor.

Este video fora feito para a minha princesa!

Perfeição

É engraçado como há pessoas destruindo tudo o que vê pela frente, em busca apenas, de perfeição! Tem gente que vê beleza em um Brad Pitt, ou em uma Angelina Jolie, mas não consegue ver a sua própia beleza. Como se beleza fosse apenas ter um rosto bonito. Tem gente que faz da perfeição, uma síndrome depressiva, parecendo que apenas tem seus olhos para ver a beleza exterior. Há o medo de errar, há medo da desaprovação, há o pensamento negativo, há a percepção das qualidades alheias, juntamente com seus defeitos. Acredito eu, que perfeição não existe. O único ser perfeito que existe, é Deus, e só ele pode afirmar o que é perfeito ou não!

Carlos Matos

Auto-criticar

É tão simples criticar os outros, mas se auto-criticar é complicado. Queria uma luz de esperança para ainda ter razões para viver neste mundinho feito de egoísmo, feito de grande falta de compaixão para quem está ao seu lado. Vejo tanta gente dizendo ser amiga, mas, na verdade não sabe ser amigo, pois, amigo de verdade é aquele que está sempre ao lado, e não aquele que faz do orkut, uma maneira de dizer que é amigo.

Carlos Matos

domingo, 5 de outubro de 2008

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Tenha uma ótima vida, longe de mim.

Será que todo amor que guardo aqui dentro, pode salvar algo que você não sente mais?
Toda aquela inocência desfez-se quando você foi embora, deixando apenas este amor, que não sei conviver com ele ao meu lado, sufocando-me, prendendo-me, aonde quer que eu tenha tentado ir. Eu tentei abrir seus olhos, mas você não quis me ouvir, e agora, quem sofre sou eu. Por quê? Não há explicação!
Machuca muito, mas um dia vai passar, e pode até ser que nada volte como era antes, porém tenha a convicção, de que estarei de queixo erguido, pois sei que fiz a minha parte. Não se deixe de lado, quando você lembrar que eu participei do seu mundo, quando quem estiver sofrendo, será você, e aí, sentirá na pele, o inferno que é sofrer por alguém. No momento, estou viajando em lares de loucas lembranças, viajando através dos meus dias, viajando através de qualquer sonho que tentei arquitetar, quando estive ao seu lado, tentando achar o caminho certo da felicidade, de ser o que sempre fui, congelando cada sentimento que você deixou, e apagando o fogo que vive dentro do meu peito. Eu disse e você não quis me ouvir.
Algo tem que mudar, tenho que fazer uma reciclagem dentro de mim, me reconstruir, colar cada pedaço meu que ficou no chão, pois já estou ciente de que tudo já foi, para algum lugar no passado, para algum verso mal-traçado e se tenho algum amigo, vou agarrar-me nele, para que sofra junto comigo, para que ajude-me a reviver o presente.
Hoje tenha a certeza que é depressão, mas, amanhã será felicidade, será harmonia, paz, pois se ontem eu não sabia o que fazer, hoje já sei por onde seguir, mesmo que eu ainda lembre de você, mesmo que eu ainda o procure, em cada timbre que ouvir por aí. Saiba que é verdade, que o que era tão lindo em você, morreu no meu peito junto com você.

O que isso significa para a sua pessoa?
Nada!
Para a minha?
Muito!
Pois quem mais perdeu
Não foram nós dois,
Foi Você
E mais cedo ou mais tarde
Saberás do que estou falando!

P.S:Tenha uma ótima vida longe de mim!


(Inspirado na música "The Blues" do Guns n' Roses e em alguém especial na minha vida.)
Carlos Matos

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Apenas nós dois

O brilho radiante dos teus olhos
São alianças de uma linda princesa
Recordo aquela noite que não se esvaziou em minha mente
Sonhando em vôos em cima da mesa
Sentindo talvez um ardor que seu coração não sente.

Em dias desses estarei deitado na areia
Em praias do meu coração
Sonhando com um paraíso preso na teia
Vestido de preto na parada de ônibus desta paixão.

Sentado defronte ao teu olhar
Imaginei estar deitado no teu colo
Com suas mãos aos meus cabelos acariciar.

A noite ficara fria depois
Quando caminhávamos em direção ao horizonte
Apenas nós dois.

Carlos Matos