Paz, amor, amizade, compaixão, justiça...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Não fure a temida e impura fila

No poder calamitoso da lista dos procurados
Encontro-me no silêncio, tão singelamente
Na lista nanica dos desesperados.

Tento robustamente
Onde a minha alma se encontra na areia
Chegar acima de mim
Onde quero
Almejando ocultar
Os segundos alheios
Que me restam nesta terra
Para desprezar a resposta
Do regado futuro.

Não fure
Não corte
Não penetre
A frialdade da temida fila
Não derrame na boca
O sereno café
Não lamente a fama imunda
Dos seus desacertos
Pois, há uma esquecida glória
Em um rastro maduro de sangue
Feito no troféu coagulado dos seus versos.

Carlos Matos

Um comentário:

Flá =] disse...

Adorei!!! Muito lindaaaa essa poesia!
Estás cada vez melhor,hein???
Bjo!

*Consegui postar! huahuahau \0/