Paz, amor, amizade, compaixão, justiça...

domingo, 28 de setembro de 2008

sábado, 27 de setembro de 2008

Mais um... Mais uma.

Mais uma breve voz se cala
Voz senda que sempre lutava por justiça
E agora... No fundo dos olhos espantados, tudo está perdido
Na fugitiva sombra... Do fogo na tenda... Da mala
No fundo terroso, duro do baú
Escondido no rosto furioso e vingativo do guarda-roupa.

Mais alguns séculos... Mais alguns olhos se fecharam
Que viram o espanto do passado, que não queriam ver
Chorando feridas quando deveriam esquecer
Mas o assovio da nanica lágrima... Escondeu
A dor de um coração carregado de tantas dores.

Mais um nome carregado de temor... Em seus seios se perdeu
Enterrado, repousado, em um grande cemitério
A sete palmos de um honroso sangue do céu
Nas portas resfriadas do império.

Carlos Matos

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Mensagem

"Cada decepção na vida, é um aprendizado para o que vem em seguida."


Carlos Matos

Tudo que faço é amar você

Mais um ninguém precito e menos um certo alguém


Não preciso de um mísero mar
Escrito com palavras egoístas
Preciso de vias na fronte da coragem
De atrevidas colheradas com demasiados sonhos
Enterrar a força sem selo desta perturbação
Destruir o dia atroz que não entendo
De uma breve xícara com a eterna confiança
Trabalhar para não viver à tarde de mais um ninguém
Encontrar o inclinado recurso para viver
E arriscar o propósito que não posso perder.

Carlos Matos

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O vôo da melancolia deprimida


O destino real da vivência, não me faz rir
Beber a perfeição faz-me sofrer
São perfumes dolorosos que só fazem arder
A flor de um amor deprimido.

O poema silvestre do lado de lá
Embalsama ferrugens de um sol sincronizado
Enquanto ares do lado de cá
São apenas o avistar de um lume desafinado.

Despejo em latas uma alma deprimida
Quando ouço um vazio, adejar as palavras
Que no infinito não almejo ouvir
Em restos do alvo horizonte longínquo
Almejo sumir.

Ouço a amplidão de frases esfaqueando
Os lírios do mar que chamo contentamento
Invadindo seios do antigo pensamento
Fazendo da mulher, sua moradia em silencio.

Ouço o aroma calado
Calado, nos seus beijos devo ficar
Mas, mesmo assim, o fogo em seu sorriso está a dominar
Quando não há razões douradas...
Para a vida gostar.

A autêntica reticência da minha face
É prata errante escondida
Prostituta deprimida, dormindo entristecida
Na tarde sem força.

Tenho que nesta sombra contentar-me
Com o frescor que não tenho
E ver
O que não almejo ver.

Carlos Matos

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Convém ficar calado


Quero um pingo rescindido de segurança
Para não desbotar tudo
E descolorir todos que conquistei
Ainda carrego a esquiva esperança
E sei que algo infindo está por vir.

Hoje... Convém ficar calado
Porque o tapete da verdade
Parece ter um tom musical amargurado
Aonde comentários incultos vêm e vam
Muita das vezes gotejam em vão
Apenas para agredir torrentes
Do orvalho desprotegido do seu coração.

Carlos Matos

terça-feira, 16 de setembro de 2008

O amor do amar


Ele respira, por branquear
A atitude de respirar
Tombando na seda macia
Da infante arte na pintura
Do transbordado amor, da tumba do amar
Na sua vasta sede que é vazia
Dada no siderismo postado na bacia
Rumo às âncoras do horizonte
Das madeixas do oriente ocidental
Aspirando folhagens aromáticas da fonte
No submisso céu de metal.

Mas a forma, prisioneira desformada
Conduz os confusos versos
Em espirais, da tênue lente desfocada
Da mariposa em espírito inverso.

E meu amor célere, se encontra em Roma
Pois o sorriso ficara fora da foto
Seu rosto inclinado
Belo, em valsa formosa, apaixonado.

Carlos Matos

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Um anjo e um plebeu


Nos longínquos caminhos do horizonte, Collin avistara um pequeno foco de luz, uma pequena gota do lume eterno, algo que brilhava radiantemente ao longe, no que parecia ser o fim da sua estrada. Este lume alimentou a calçada da sua curiosidade, e assim, andou em direção a esta luz que para seus olhos, era a perfeição. Seus pés pareciam não conseguir parar de se mexer, de se locomover, como se a luz fervorosa, fosse um grande imã. Ao lado, não existia nada, apenas um deserto. O sol era frio, e uma fraca ventania esvoaçava seus longos cabelos.
Tudo parecia correr como em um filme sendo avançado, porém, quando Collin olhara para trás, avistara um mundo andando lentamente, como uma lesma. Os minutos passaram como um piscar de olhos, as horas passaram como um nanico vento que bate na janela, os anos passaram com a velocidade de um jato supersônico, e uma década passou com a velocidade da luz.
Finalmente seus passos desfizeram-se como uma música que para de tocar repentinamente, seus sapatos já haviam ficado em algum lugar da sua estrada, seus pés feridos choravam sangue em carne viva. Há muito ele não sabia o que era água, muito menos sabia o que era comer algo. Sua desnutrição era evidente até para um cego, seus olhos calejados lutavam para ainda ficar em pé, atentos a tudo.
Com um último pingo de força, Collin, levantara os olhos para tentar visualizar a imagem que tanto almejava. Seu brilho radiante parecia como o de um sol, em sua costa, um par de asas, como os de um anjo, seu coração brilhava uma luz vermelha, que Collin podia ver através de sua pele. Ela vestia um manto branco, que cobria seus pés, finos como os de uma donzela. Não agüentando se sustentar, o garoto, desabara sem vida.
O anjo, ao ver o sacrifício que seu plebeu enfrentara para apenas chegar onde ela estava, lacrimejara, sem parar. O corpo de Collin, sem vida, estava desfalecido e alvo feito algodão, mas, ao beijar as lágrimas de seu anjo, seu corpo parecera acordar de um pesadelo. Suas bochechas rosadas, rosadas voltaram a ficar, seu coração voltara a bater como um tambor, sua respiração retornara como um ventilador tentando matar o calor. Percebera que sua força retornara, que seu anjo o ajudava a se levantar. Atrás dela, avistara uma ponte adornada por rosas brancas. Esta ponte corria em direção ao firmamento azul celeste, assim, Collin, prosseguiu até chegar ao paraíso. Novamente olhou para trás, olhou para baixo, e destilou uma tímida gota de lágrima, fazendo com que o deserto transfigurasse em floresta.

Carlos Matos

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Algo falta


Sei que no seu baú, há demasiados problemas,
Seu quarto parece estranho,
Trancado na sua estante, é difícil entender,
Um sentimento difícil de vencer,
Que diz ser,
O que não é,
Só para completar a lacuna daquele momento,
Que nunca fora um contentamento.

Confiei em cada palavra,
Em cada vogal,
Que depois apenas me fizeram mal,
E não observaram meus olhos, como deviam.

Como um filme,
Como um CD arranhado,
Vimos-nos desse jeito,
Tentando evitar o que um peito,
Apaixonado,
Almejava para nós dois,
Mas, a cada segundo,
A dor aumentava,
Neste verso profundo.

Suas regras mudam de direção,
Cada vez que as procuro,
No muro,
Escuro,
Que aguardo no meu coração,
Olhando para sua vida,
Chegando a conclusão,
De que algo falta.

Carlos Matos

domingo, 7 de setembro de 2008

Há momentos


Há momentos que deixamos o vento nos levar, acreditando em versos tão pequenos, da importância de uma formiga, onde a vida parece algo sem valor, vivendo em um mundo sem sentido. Há momentos que nossos sorrisos são apenas para agradar, aquele velho contentamento vindo de alguém ao seu lado, que acredita positivamente que o sol todo dia iluminará a sua varanda. Há momentos que a frieza da noite parece ser o nosso refugio, para fugir de coisas estranhas acontecendo aqui e ali. Há momentos que necessitamos de um abraço aconchegante, para deixar nossos delírios longe das nossas vielas da vida. Há momentos que há de se sentir um sentimento autêntico dentro de si, sorrir para parede, ou, para o teto, quando aquele amor diz que te ama. Há momentos que viajamos em nossos pensamentos, lembranças, tentando recordar algo feliz que ficou em algum lugar, onde seus pés beijavam o chão com tamanha coragem. Há momentos que desejamos fugir daquele momento, desagradável, ou infeliz, em que as palavras vindas do coração, não são suficientes para salvar a nossa antiga canção. Há momentos que colhemos o fruto da nossa imaginação, fazendo do erro, acontecer. Nossas alegrias, às vezes, transformam-se em tristezas, porque há momentos que a lágrima necessita cair, necessita beijar o chão, para que amanhã, se possa reconstruir um novo sorriso. Há momentos que o coração se aquece de esperança, fazendo deste eloqüente amor, gritar de tanta felicidade. Há tantos momentos, escritos em cada vida, desenhados na porta de sua casa, mostrando a todos, o que és em cada amanhecer e cada anoitecer.

Ps: Eu te amo!

Carlos Matos!

sábado, 6 de setembro de 2008

Em seus segredos


Uma vela...
Trajada com uma roupa amarela,
Compõem no chão, os seus segredos,
Nos versos em todo peito,
Incinerando seus medos,
Da blasfema do feito,
Desfeito.

A cor amarela do sol,
É o infortúnio da chuva,
Linda como uma donzela,
Arrochada como uva,
Marcando o dinheiro sórdido,
Ensandecido e perdido,
Em seus segredos,
No mundo mal compreendido,
Agregado ao travesseiro,
Carregado de demasiados medos.

Uma pedra atravessa a estrada,
Consigo uma terra tão dura,
Uma uva madura,
Ajoelha-se diante do desespero,
Almejando não envelhecer,
Antes de nascer.

Carlos Matos

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Os olhos de um vingador


Fugindo por frestas, tudo terminará aqui
Hoje, à noite sem arco, chegará sem a força do fim
Covardemente, o ouro ficará assim
Quando apressadamente, a palha estará longe daqui.

Muito prazer, seja bem-vindo
A escravidão no meu quarto
Onde o ninguém é sempre um ninguém
E tudo parece ser um besouro em um canto farto.

Confiança... Escura... Não pode defender
O pingo rajado de armas sangrentas presas na gaiola
Com uma desatinada bacia verde, cheia de graviola
Dos fios dourados na ilha, tentando aprender.

O preço do valor desamparado, parece sem valor
Porém, quando a terra dolorosa se desfaz,
Tudo parece copular, ficando em paz
Mas mesmo assim sou um fugitivo vingador
Nos olhos de um vingador.

Carlos Matos

A VIDA É UMA AVENTURA

Queimado seja o fogo do meu almejo,
Que levanta o coração para o além que não vejo,
Fazendo de vontades, uma furiosa ventania,
Das mãos tremulas de uma mania,
Travando a terra tão dura,
Da certeza absoluta da amargura,
Fazendo do meu olhar, um bravo espanto,
Da sabedoria ferida do meu santo,
Assoviando pelos cantos.

Deixo vontades minhas pelo ar,
Sorrindo flores nervosas do seu coração,
Tendo a certeza de que um dia, sentirás o que é amar,
Com palavras temerosas de uma paixão.

Reinará em seu trono, um ponto de interrogação,
Onde o silêncio será desmedido em vossa nação,
Porque o hoje resfria o sangue,
E o amanhã aquece o mangue,
Pois, com os olhos fechados, tudo está escondido,
Em um medroso corpo mal compreendido,
Que almeja morrer no caminho certo,
Sem confundir a direção que o leva ao incerto,
Mas saiba que a vida é uma aventura,
E infelizmente, ela pouco dura.

Carlos Matos

14 de março

É mais um dia esperado
Sou mais um romântico questionado
Em cada passo há alguém pedindo socorro
E a verdade é luz que se apaga
Fechando as cortinas do forro.

Eu me vejo aqui, na 14 de março
Esperando seu mundo distante, encostar-se ao meu
Apenas sendo mais um
Quando havia de ser todo seu.

Pensamentos correm devagar
Vontades correm depressa
E minhas certezas são um grande mar.

Sei que minha vida são rosas
Mais gigantes que elas podem ser
Tentando conseguir o que tanto faz crescer
Com um amor em palavras suas.

Tento conquistar o mais desejado dos meus sonhos
Quando as portas estiverem abertas
Para que a minha vida glorifique desejos medonhos
De razões incertas.

A emoção bate na porta loucamente
Quando teus olhos consigo avistar
Preso nos lares da minha mente
Pulsando o verbo amar.

Carlos Matos

Tudo é apenas uma viagem na esperança

A naturalidade é nuvem destruída
Encontrei avenidas com demasiados lumes
Em meio a tanta escuridão
No odor do coração
Onde possíveis pensamentos viraram ruínas
Com a boca do orgulho e destruição.

O silêncio cruzado, chega a dominar
A tristeza de cor vermelha
Em cada olhar.

Existem sonhos vermelhos quebrados ao meio
Rodando... Rodando... Sem direção
Neste vento forte, veloz, frio e feio
Fazendo-me feliz apenas na imaginação.

Eis aqui nesta cidade, um coração forte, abandonado
Buscando o ideal de um dia ser lembrado.

És uma rosa no deserto
Morta... Em línguas cheias de ilusões
Por andar em um cravado caminho
Tortuoso... Ouro... Incerto
De pobrezas em grandes mansões.

Estás rumando para bandeiras da infelicidade
Com a sua última lágrima
Almejando um pingo de paz
Com as ruas cinza, distorcidas desta cidade
Que não sabe o que faz.

Tudo é apenas uma viagem na esperança
E estou largado a tanta matança.

Carlos Matos